1/25/2011

Resumo das apostilas: DA REDAÇÃO A PRODUÇÃO DE TEXTOS e TEXTO E TEXTUALIDADE



DA REDAÇÃO A PRODUÇÃO DE TEXTOS
O conceito tradicional de ensino diz que ensinar é igual a transmitir conhecimentos e que o responsável por essa transmissão seria o professor, e ao aluno caberia tão-somente absorver o conteúdo ensinado, todavia dentro dessa concepção mora um grande problema, que é o fato de que o educando não esteja devidamente preparado para receber uma carga efetiva de conteúdos, uma vez que o seu campo lexical não o permite interagir com tanto conhecimento que lhe é despejado, Isto pode acarretar em sérias dificuldades que consequentemente poderão afetar até mesmo as instituições escolares
Ao invés de concebermos o ensino como sendo apenas algo que é transmitido como se o aluno não passasse de um mero receptor, que tal pensarmos em um processo de interação entre professores e alunos que se dá por meio do diálogo em sala de aula. A interação verbal se unirá aos conhecimentos sistematizados que são tradicionalmente ensinado nas escolas. Se assim fizermos, então a educação poderá assumir um novo sentido que será o de criar espaços para fazer valer a pena estes saberes.
Aceitar a interação verbal como instrumento fundante do processo pedagógico é deslocar-se continuamente de planejamentos para programas de estudos elaborados no decorrer do próprio processo de ensino/aprendizagem. São os significados de cada objetivo que constituem o verdadeiro processo educacional. Uma aposta no trabalho interativo é que faz com que os novos produtos se constituam.
TEXTO E TEXTUALIDADE
Pode-se definir texto como ocorrência linguística escrita, de qualquer extensão, dotada de unidade sócio comunicativa, semântica e formal. Um texto é uma unidade da linguagem em uso, cumprindo uma função identificável num dado jogo de atuação sociocomunicativa. Para que um texto seja compreendido, se faz necessário que seja coerente e coesivo, assim um texto pode alcançar o seu objetivo em um determinado contexto sociocultural.
Textualidade é um conjunto de características que fazem com que um texto seja reconhecido como tal . para ser texto é necessário que haja coesão, coerência e intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade e intertextualidade. A coesão é a manifestação linguística da coerência, a coerência e a coesão tem em comum uma característica de promover a interrelação semântica entre os elementos do discurso. A coerência diz respeito ao nexo entre os conceitos e a coesão é a expressão desse nexo no plano linguístico.
Fundamental para a textualidade é a relação coerente entre as idéias. A intencionalidade concerne ao empenho do produtor em construir um discurso coerente, coeso e capaz de satisfazer os objetivos que se tem em mente em uma determinada situação comunicativa. 
A aceitabilidade que concerne á expectativa do receptor de que o conjunto de ocorrências com que se defronta seja um texto coerente, coeso, útil e relevante, capaz de levá-lo a adquirir conhecimentos ou a cooperar com os objetivos do produtor, ou seja, aquilo que o receptor espera que é poder entender a mensagem textual para poder adquirir conhecimento. 
A situacionalidade fala dos elementos responsáveis pela pertinência e relevância do texto no contexto em que ocorre, é a adequação á comunicação sociocomunicativa e é ai que entra a gramática internalizada, onde o produtor não formata o texto segundo o seu contexto social, mas de acordo com o do receptor e do ambiente. 
A informatividade é a medida na qual as ocorrências de um texto são separadas ou não, conhecidas ou não, no campo conceitual ou no formal. Ela está ligada ao grau de formação do receptor, ela ajuda a manter o texto em nível mediano para que o receptor possa ter uma boa digestão daquilo que lhe é colocado. 
A intertextualidade concerne aos fatores que fazem a utilização de um texto.muitas vezes um receptor para entender um texto precisa um conhecimento prévio do assunto em questão.

2/28/2010

Resenha Critica do livro Tarzan - minhoca

ASSUMÇÃO, Jéferson, Tarzan – minhoca, CDL- difusão cultural do livro. Abril de 2006, São Paulo – SP. 47 páginas. Preço: R$ 14, 90.

    O Tarzan – minhoca é um livro escrito por Jéferson Assunção. Se trata de uma obra literária que nos ajuda a entender e até mesmo a nos sensibilizar com a problemática do não enquadramento de muitos alunos para os requisitos da educação física. O protagonista da história que tem por nome Jairo e cujo apelido é Tarzan – minhoca (titulo do livro) é um adolescente sem qualquer aptidão para os esportes, seu corpo franzino e o seu gosto por geografia vão de encontro ás imposições de sua professora e ao gosto de grande parte de sua turma, o que causa a sua marginalização dentro do ambiente escolar.

    Pode-se dizer que o apelido Tarzan – minhoca é na verdade uma ironia, uma vez que nos remete ao herói dos desenhos animados conhecido pela sua força e habilidade em subir e descer de arvores, neste sentido o garoto Jairo é o reverso dos padrões para as praticas esportivas, não servindo, portanto para tal e por esse motivo sendo o objeto de chacota de sua turma. Já o termo minhoca é uma referência depreciativa do tipo físico de Jairo que nas palavras do próprio narrador era “muito magricela”.

    O foco narrativo do livro é constituído por um narrador que narra os fatos em terceira pessoa e que tem conhecimento de tudo e de todos. O livro soma 48 paginas acompanhada de ilustrações que contam uma historia repleta de significados e de uma importante denuncia de como agem a escola e alguns educadores mediante o problema de alunos que tem dificuldade de se enquadrar em determinadas disciplinas, neste caso, a educação física

    O jovem Jairo que vivia sempre as voltas com a embaraçosa situação de ter que praticar educação física todas as quartas – feiras, matéria ao qual ele não tinha a menor afinidade, se encontrou em uma situação mais embaraçosa ainda. Após ter apanhado de seus colegas (Alberto e Pedro) e ter passado por grande constrangimento diante da sua turma, teve ainda que encarar sua mãe e seu pai que certamente não ficariam nada felizes com o ocorrido.

    Depois de ter contado o acontecido a sua mãe, ele procurou ficar mais calmo e durante a noite quando Jairo dormia sua mãe contou ao pai de Jairo o que havia ocorrido. No sábado pela manhã o pai de Jairo o levou ao parque onde tiveram a oportunidade de conversar sobre o que havia acontecido no colégio. Depois dessa conversa franca Jairo passou a entender que não precisava ter vergonha de seu corpo e nem de quem ele era, mas devia se orgulhar de ser inteligente e diferente de seus demais colegas. A partir de então Jairo passou a ter orgulho de sim mesmo e de suas habilidades que não eram as mesmas de seus amigos.

    Tarzan – minhoca é um livro que nos traz um sentimento de revolta e de ternura ao mesmo tempo em que faz uma denuncia contundente de como age o sistema educacional em determinadas situações. O fato é que o garoto Jairo personificando muitos adolescentes que não conseguem se enquadrar em determinadas disciplinas encontrou uma saída para os seus problemas a partir do dialogo sério e franco, a sugestão deixada pelo livro acredita-se ser essa que os educadores, pais e a direção escolar possam enfrentar os seus problemas por meio do dialogo, do entendimento de ambas as partes e que acima de tudo possa haver compreensão dos pontos de vista e assim serão resolvidos os problemas de muitos Tarzan - minhocas” espalhados em muitas escolas. Enquanto houver professores e escolas que desprezem essas pessoas o livro Tarzan – minhoca sempre será uma leitura útil e orientadora para todos que buscam uma educação justa e melhor para todos.

12/19/2009

Análise do livro Cântico dos Cânticos



    O Cântico dos cânticos não é tão-somente um poema que fala de amor. Na verdade ele traz em seu texto a atmosfera que o circunda, quer dizer o universo palpável, que o eu-poético utiliza como alegoria da sua própria paixão. Se trata das plantas, dos animais e de toda a geografia e cultura que pode vir a ser usada como metáfora da relação do amado (homem) e da amada(mulher). 

    A comunicação que se estabelece no poema depende desse mundo que o amado tem construído e este mundo que é na verdade uma idealização é constituído de elementos admiráveis, palpáveis, comestíveis e aromáticos. este universo chega até mesmo a confundir-se com o amado e a amada por conta da relação comparativa criada a partir da metáfora.

    De acordo com Alter e kermond" o amante é a representação de um mundo idealizado, do qual se deve tomar posse. Este amante é um mortal e dessa maneira se vê sobressaltado por um sentimento de ansiedade, que durante toda a narrativa poética o faz buscar inquietantemente o amor de sua amada".

    As vozes do amado e da amada se caracterizam no texto pela coerência e consistência que se reportam a uma mesma pessoa, e que é na verdade o poeta. Este poeta transporta para a amada a materialização de seus desejos, pois a compara com elementos naturais que se estabelecem como imagens românticas e mais enfáticas do que as tradicionais declarações de amor, já que se trata de uma voz que se faz ouvir por intermédio de um chamamento humano e universal que se traduz na sua própria presença e desejo.

    Se faz necessário interpretar O cântico dos cânticos a partir de uma perspectiva imagética, já que o poema se estabelece em uma relação metafórica intrínseca e que é a base essencial de seu pleno entendimento. O poema é aclamado tanto pelo apelo sexual quanto pela intelectualidade de sua construção lírica. Cântico dos Cânticos é um poema encantador na medida em que apresenta uma qualidade musical inconfundível e um universo imaginativo que se configura em um verdadeiro retrato de um mundo completamente idealizado pelo poeta e que chega a traduzir-se na própria idealização de quem o lê, na sua acepção de mundo, ou seja, no seu próprio devaneio.




11/16/2009

confusão gentilíca


    Somos “brasileiros” e não brasilianos, sabe por quê? Por causa dos primeiros trabalhadores do país.
 
    Nosso idioma dispõe de vários sufixos para obter o mesmo resultado. Não existe um padrão que determine, por exemplo, qual sufixo usar nos adjetivos gentílicos, que são aqueles que designam um povo.
 
    No nosso caso pode-se usar tanto “-ano”, quanto “ense” ou ainda “-ês”... A seleção se estabelece aleatoriamente. Apesar de não existir uma lógica especifica a seguir, a definição de alguns desses sufixos escondem historias bem curiosas.

    É o caso do adjetivo brasileiro com o sufixo “-eiro” que é muito usado para identificar profissão ou atividade.

    Por exemplo: jornaleiro, cabelereiro e etc. Isto é um fato que explica porque os nascidos em nosso país não são “brasilianos” ou “brasilienses” e sim “Brasileiros” é porque essa era a denominação daqueles que trabalhavam aqui, no século XVI, na extração do pau-brasil.