6/05/2011

O DIREITO À LITERATURA






    O assunto que me foi confiado nesta série é aparentemente meio desligado dos problemas reais: "Direitos humanos e literatura". As maneiras de abordá são muitas, mas não posso começar a faÌar sobre o tema específico sem fazer algumas reflexões prévias a respeito dos próprios direitos humanos. 
    
    É impressionante como em nosso tempo somos contraditórios neste capítulo, Começo observando que em comparação a eras passadas chegamos a um máximo de racionalidade técnica e de domínio sobre a natureza. Isso permite imaginar a possibilidade de resolver grande número de problemas materiais do homem, quem sabe inclusive o da alimentação.No entanto, a irracionalidade do comportamento é também máxima, servida frequentemente pelos mesmos meios que deveriam realizar os desígnios da racionalidade.

     Assim, com a energia atômica podemos ao mesmo tempo gerar força criadora e destruir a vida pela guerra; com o incrível progresso industrial aumentamos o conforto até alcançar níveis nunca sonhados, mas excluímos dele as grandes massas que condenamos à miséria; em certos países, como o Brasil, quanto mais cresce a riqueza, mais aumenta a péssima distribuição dos bens. Portanto, podemos dizer que os mesmos meios que permitem o progresso podem provocar a degradação da maioria.
    
    Ora, na Grécia antiga, por exemplo, teria sido impossível pensar numa distribuição equitativa dos bens materiais, porque a técnica ainda não permitia superar as formas brutais de exploração do homem, nem criar abundância para todos. Mas em nosso tempo é possível pensar nisso, e no entanto pensamos relativamente pouco. Essa insensibilidade nega uma das linhas mais promissoras da história do homem ocidental, aquela que se nutriu das ideia amadurecidas no correr dos séculos XVIII e XIX, gerando o liberalismo e tendo no socialismo a sua manifestação mais coerente. 

        Elas abriram perspectivas que pareciam levar à solução dos problemas dramáticos da vida em sociedade, E de fato, durante muito tempo acreditou-se que, removidos uns tantos obstáculos, como a ignorância e os sistemas despóticos de governo,as conquistas do progresso seriam canalizadas no rumo imaginado pelos utopistas, porque a instrução, o saber e a técnica levariam necessariamente à felicidade coletiva.

    No entanto,mesmo onde estes obstáculos foram removidos a barbárie continuou entre os homens. Todos sabemos que a nossa época é profundamente bárbara,embora se trate de uma barbárie ligada ao máximo de civilização. Penso que o movimento pelos direitos humanos se entronca aí, pois somos a primeira era da história em que teoricamente é possível entrever uma solução para as grandes desarmonias que geram a injustiça contra aqueles que lutam, os homens de boa vontade à busca, não mais do estado ideal sonhado pelos utopistas racionais que nos antecederam, mas do máximo viável de igualdade e justiça,em correlação a cada momento da história. 

    Mas esta verificação desalentadora deve ser compensada por outra mais otimista: nós sabemos que hoje os meios materiais necessários para nos aproximarmos desse estágio melhor existem, e que muito do que era simples utopia se tornou possibilidade real. Se as possibilidades existem,a luta ganha maior cabimento e se torna mais esperançosa, apesar de tudo o que o nosso tempo apresenta de negativo.

    Quem acredita nos direitos humanos procura transformar a possibilidade teórica em realidade, empenhando-se em fazer coincidir uma com a outra. Inversamente, um traço sinistro do nosso tempo é saber que é possível a solução de tantos problemas e no entanto não se empenhar nela. Mas de qualquer modo, no meio da situação atroz em que vivemos há perspectivas animadoras.

     É verdade que a barbárie continua até crescendo, mas não se vê mais o seu elogio, como se todos soubessem que ela é algo a ser ocultado e não proclamado.Sob este aspecto, os tribunais de Nuremberg foram um sinal dos tempos novos, mostrando que já não é admissível a um general vitorioso mandar fazer inscrições dizendo que construiu.

LITERATURA DISTÓPICA: o desencanto, a utopia e a antiutopia, a produção filosófica com suas influências na história e a ficção científica.


PROBLEMÁTICA

A partir da década de 30 surge no cenário literário mundial uma linha de escritores preocupados em retratar o mundo e como ele seria num tempo futuro de maneira que este estaria tomado pela opressão de estados totalitários e governos que se sustentariam em ideologias apenas como instrumentos em favor da manutenção de seus poderes.

Entre os escritores que compõe este tipo de literatura (que se convencionou chamar distópica) estão os ingleses Aldous Huxley, George Orwell e ainda o holandês Antony Burgess, expoentes máximos dessa corrente literária. O pessimismo e visceralidade com que descreveram o futuro da humanidade se reproduzem por metáforas que se reportam a um mundo dominado pelo controle absoluto do Estado, onde as tecnologias e os saberes científicos servem aos interesses de uma elite que domina e condiciona a população, como alerta Amaro (2003).

A questão primeira a se levantar, quando se fala de literatura distópica é se os escritos de Huxley, Orwell e Burgess, configuram-se necessariamente como um movimento literário que se difere dos padrões estéticos e temáticos das vanguardas européias? Para responder a tal questionamento outras perguntas mais devem ser suscitadas, como: o que significa o termo distopia? O que é a literatura distópica? Quais as suas características? Qual (is) a principal (is) temática (s) abordada (s)? Quais as sua influências no campo literário e filosófico? Estas indagações deverão ajudar a explicar e nos fazer entender um pouco sobre essa literatura.


OBJETIVOS

Geral 

 Identificar a literatura distópica como um movimento literário, com suas próprias características e que a diferenciam dos padrões estéticos e temáticos das vanguardas européias.

Específicos
ü   
Conhecer a importância de se estudar a literatura distópica;
ü  Definir o termo distopia na literatura e suas características;
ü  Identificar a influência da distopia no campo literário e filosófico;
ü  Analisar as principais temáticas da literatura distópica.


JUSTIFICATIVA

O desejo de investigar e de discorrer sobre a literatura distópica surgiu a partir das leituras das obras “1984” de George Orwell, “Admirável mundo novo” de Aldous Huxley e de Laranja mecânica de Antony Burgess. O termo “Distopia” veio através da leitura e das análises dessas obras, posto que fosse bastante recorrente nos textos lidos, uma vez que esta palavra não muito usual fora usada pela primeira vez por um senador britânico chamado John Mil que em um discurso no parlamento inglês a utilizou para designar a idéia que se caracteriza como um contraponto à noção de Utopia, dizia Mil (1868)
 "É, provavelmente, demasiado elogioso chamar-lhes utópicos; deveriam em vez disso ser chamados dis-tópicos, ou caco-tópicos. O que é comummente chamado Utopia é demasiado bom para ser praticável; mas o que eles parecem defender é demasiado mau para ser praticável."

Nesse sentido, o termo distopia significa imediatamente o reverso de utopia, pois se esta designa a idéia de um modo de vida ideal demais para se tornar realidade, já a outra representa uma metáfora caótica e horrível demais para ser praticável, contudo a distopia está de alguma forma, conectada ao mundo real. Jacoby (2010) nos fornece o conceito de Distopia:

Uma Distopia ou Antiutopia é o pensamento, a filosofia ou o processo discursivo baseado numa ficção cujo valor representa a antítese da utópica ou promove a vivência em uma "Utopia negativa”. São geralmente caracterizadas pelo totalitarismo, autoritarismo bem como um opressivo controle da sociedade. Nelas, caem-se as cortinas, e a sociedade mostra-se corruptível; as normas criadas para o bem comum mostram-se flexíveis. Assim, a tecnologia é usada como ferramenta de controle, seja do Estado, de instituições ou mesmo de corporações.

Posteriormente o termo passou a designar uma linha de escritos que abordavam uma mesma temática com as mesmas características. Ainda Russel Jacoby seleciona algumas delas, a saber:
ü  Costumam ser contos morais, explorando como os nossos dilemas morais figurariam no futuro.
ü  Oferecem crítica social e apresentam as simpatias políticas do autor.
ü  Exploram a estupidez coletiva.
ü  O poder é mantido por uma elite pela somatização e conseqüente alívio de certas carências e privações do indivíduo.
ü  Discurso pessimista, raramente "flertando" com a esperança.

O livro “1984” de George Orwell é um exemplo clássico de literatura distópica, que segundo David Brin (2011) é o livro mais importante do século XX, pois:
“O grande mérito da ficção científica não é prever o futuro, mas pintar um futuro tão horrível que as pessoas vão lutar para que ele não aconteça. Neste sentido, “1984” é talvez o livro mais importante do século, porque, a qualquer sinal de tirania, a sociedade lembra-se do livro e luta para impedi-la.

É importante estudar a distopia na literatura em função de suas características, de suas peculiaridades, do ponto de vista da criticidade e das referências que ela enseja ao período histórico em que foi concebida. Se hoje consideramos que as histórias escritas por George Orwell, Aldous Huxley e Antony Burgess não passam de tramas bem elaboradas pelas mentes engenhosas e mãos hábeis desses autores é porque pertencemos a uma geração que não testemunhou o mundo à beira de um colapso humano ao passo que George Orwell tinha todas as razões para acreditar que o mundo seria exatamente como descreveu em “1984”.

Uma imagem muito clara de Orwell sobre o futuro foi a que o personagem Obrin descreveu em 1984: “Se queres uma imagem do futuro, pensa numa bota pisando um rosto humano - para sempre”. Esta frase mostra muito bem a noção Orwerliana de um futuro marcado pela opressão totalitária. Os autores da literatura distópica vivenciaram um momento histórico em que as nações degladiavam-se em combates que pareciam infindos, onde surgiam líderes autoritários que se autocultuavam como senhores absolutos de toda verdade e de todo poder político de que necessitassem, utilizando para esse fim todo o saber e cientifico e tecnologia que pudesse lhes servir.

A Literatura distópica não se resume apenas a uma denúncia dos governos totalitários do século XX, mas também a toda a nivelação da sociedade, a redução do indivíduo em peça para servir ao estado ou ao mercado através do controle total, incluindo o controle do pensamento (condicionamento psicológico).

O estudo da literatura distópica é importante porque pode colaborar em diversos campos do conhecimento humano, a saber:

HIPÓTESE

Esta pesquisa apóia-se na hipótese de que a Literatura distópica seria um movimento literário com características próprias e que, nesse sentido, se diferencia das escolas ou movimentos artísticos quando de seu surgimento.


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.

Para compreender melhor o que seja a Literatura Distópica, se faz necessário atentar para a noção de Utopia, pois a Distopia nasce a partir de um contraponto ao que seja Utopia.

Utopia significa uma idéia fantasiosa e que não pode ser realizável por conta de seu caráter idealista, por isso é que Marx nomeou os primeiros defensores do socialismo de “Utópicos”, porque propunham o advento de um socialismo a partir do auto-reconhecimento da classe capitalista como opressores da classe operária, o que para o pai do comunismo não passava de uma ilusão.

Etimologicamente, o prefixo grego "ου" significa "não", a palavra grega "topos" ("τόπος"), significa lugar. Assim, utopia significa "lugar nenhum". Já o prefixo"dis" ou "dys" ("δυσ-") significa "mau", "anormal", "estranho" e a palavra grega "topos" ("τόπος"), significa lugar, logo Distopia significa “lugar mau”, “lugar anormal” ou ainda “lugar estranho”. Assim sendo é possivel inferir que a literatura distópica se refira diretamente a um “lugar estranho” no futuro. Entendido do que trata a Distopia, torna-se agora imprescindível verificar a construção histórica do surgimento deste conceito.

A origem da Utopia

Não é possível discorrer sobre a Distopia na literatura sem que antes se entenda o que é a Utopia, qual a origem dessa palavra e o que ela representa. A primeira vez que se reconheceu o termo Utopia foi no famoso livro “A República” do filosofo grego Platão, em que ele propõe uma sociedade que considerava ideal, esta sociedade vivia na “Callipolis” (cidade bela). De acordo com Jacoby (2006) esta sociedade teria as seguintes características:
Platão imagina que o Estado, e não a família, deveria se incumbir da educação das crianças. Para isso, propõe estabelecer-se uma forma de comunismo em que é eliminada a propriedade e a família, a fim de evitar a cobiça e os interesses decorrentes dos laços afetivos.

Posteriormente no livro Utopia” de Thomas More, publicado no século XIX (aurora do capitalismo), o autor imagina uma ilha cuja forma de vida contrasta muito com a Inglaterra de seu tempo, como assinala Manoel Costa Pinto. No primeiro volume desse livro Thomas More realiza uma análise das condições de vida na Inglaterra de seu tempo e, a partir daí, começa um processo de denúncias às mazelas deixadas pelo sistema capitalista.

Já no segundo volume Thomas More imagina uma ilha que se chama Utopia- que em grego quer dizer “tal lugar não existe”. Em Utopia, não existem fábricas nem propriedade privada, todos trabalham, mas sem exageros e as jóias preciosas são brinquedos para as crianças De acordo com Pinto (2010), a visão Utópica de Thomas More é um prelúdio do socialismo Utópico que não tardaria a chegar

Já no século XIX, surgem no cenário mundial os socialistas utópicos, uma linha de pensadores inconformados com as condições de vida dos operários que viviam em um estado de verdadeira miséria nas fabricas capitalistas. Entre os socialistas utópicos, destacam-se os franceses Charles Fourier e conde de Sint. Simon. As principais mudanças reivindicadas pelo programa socialista de Fourier e Simon são a extinção da propriedade privada e a ascensão do proletariado ao poder.

Os utópicos entendiam que essas duas condições seriam realizáveis a partir do momento em que a classe capitalista se conscientizasse da sua condição de opressores e abrisse caminho para a tão sonhada ditadura do proletariado. O que no entendimento de Karl Marx é uma mera ilusão sem qualquer fundamento concreto e foram, portanto apelidados de socialistas utópicos, pois pregavam uma forma de socialismo que não poderia se viabilizar por meios práticos.

A noção de distopia surge como uma forma de desmascarar os ideais utópicos propostos por Platão em “A República”, livro em que o filósofo grego imagina uma sociedade sem propriedade privada (visão que antecipa o socialismo utópico de Charles Fourier). Platão propõe a existência de uma cidade chamada Callipolis (a cidade bela) que seria o modelo ideal de sociedade. A cidade que Platão imagina tem as seguintes características:

Partindo do princípio de que as pessoas são diferentes e por isso devem ocupar lugares e funções diversas na sociedade, Platão imagina que o estado, e não a família, deveria se incumbir da educação das crianças. Para isso propõe estabelecer-se uma forma de comunismo em que é eliminada a propriedade e a família, a fim de evitar a cobiça e os interesses decorrentes de laços afetivos.

Fazendo uma relação entre o modelo de sociedade ideal criada por Platão e a sociedade Distópica de Aldous Huxley, por exemplo, verifica-se que a única diferença entre ambas são as implicações de uma e de outra. A Distopia, como gênero literário, nasce sob o signo da 1ª e 2ª grandes guerras, conforme Pinto que destaca que a Utopia negativa ou Distopias nascem com impacto dos regimes totalitários do século XX, como uma reação e critica ao Stalinismo e Nazismo.



METODOLOGIA

Este estudo sobre a distopia na literatura está fundamentado em pesquisas bibliográficas e tem a intenção de responder à questão proposta na problemática deste pré-projeto de pesquisa.

Primeiramente será realizada a leitura de todos os livros que serão objetos de estudo desta pesquisa, ao mesmo tempo serão redigidos fichamentos dessas leituras. Em seguida será efetuada uma busca de informações na internet por meio de resenhas, resumos, artigos e documentários que ajudem na compreensão do tema. Feito isto será iniciada a leitura e fichamentos de publicações de estudiosos que se debruçaram sobre o tema proposto, entre eles: o estadunidense David Brin e o escritor estudioso brasileiro Manoel Costa Pinto.

Por último será realizado o confrontamento das idéias centrais de cada texto a partir dos estudos realizados. A pesquisa bibliográfica a ser efetuada será realizada na biblioteca da Universidade do Estado do Amapá, Biblioteca Pública do Amapá, biblioteca da Universidade Federal do Estado do Amapá, biblioteca do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), demais bibliotecas da cidade de Macapá e também por intermédio de comprados e cedidos por professores.

Sobre Gêneros Textuais




Para e escrever sempre nos utilizamos dos gêneros textuais, isto quer dizer necessariamente que os nossos enunciados e sentenças dispõem de um formato padronizado e relativamente estável de estruturação de um todo. Pode-se afirmar então que existe um repertório diverso no que diz respeito aos gêneros discursivos orais e escritos.


    A razão de ser dos gêneros discursivos deriva em grande parte da necessidade de exercer as praticas sociocomunicativas. Eles são comumente utilizados porque são dinâmicos e sofrem alterações em sua constituição e muitas vezes resultam em outros gêneros ou até mesmo novos gêneros.


    Para Bakhtin os indivíduos desenvolvem uma competência metagenérica que orienta a pratica de nossas produções sociocomunicativas e que também norteia a nossa compreensão sobre os gêneros textuais em sua construção. Esta competência possibilita a compreensão e produção dos gêneros textuais, além de nomeá-los.


    Os gêneros textuais como praticas sociocomunicativas são constituídas de um determinado modo e com certa função em dadas esferas da atuação humana, que nos permite conhecê-las e produzi-las sempre que necessário. De acordo com Bakhtin (1960, pag.36) são tipos relativamente estáveis de enunciados, presentes em cada esfera de troca: os gêneros possuem uma forma de composição e distinguem-se pelo seu conteúdo temático e pelo estilo, ou seja, todo gênero é marcado pela sua esfera de atuação que promove modos específicos de combinar, indissoluvelmente, conteúdo temático, fim comunicativo, estilo e composição.


    Da perspectiva da composição dos gêneros é preciso levar em conta a forma de organização, a distribuição das informações e os elementos não verbais: a cor, o padrão gráfico ou a diagramação típica, as ilustrações. A importância do estudo dos gêneros reside na necessidade de melhor construir as relações comunicativas, essa é a importância de estudar os seus fundamentos.

A beleza e a Graça do poeta parnasiano Olavo Bilac


Trabalho da disciplina de teoria literária

Num primeiro momento parece que o autor (Bilac) tem a idéia de que o belo é na verdade um conceito tão difuso e tão complexo que não se pode definir, ele então procura raízes filosóficas que possam fundamentar a sua posição frente ao assunto. Para Bilac todas as definições são precárias e vagas, pois não atendem a sua satisfação.

Fora todas as outras coisas ditas sobre o Belo, para Olavo Bilac o Belo é a graça. A graça consegue transformar as incorreções em perfeições. Segundo ele a graça é tudo, a graça são as coisas simples como um olhar, a graça é gera o amor e é o amor que nos diz o que é o belo, ou seja, o amor cria a beleza. Mas a graça é maior que a beleza. Pois dela advêm todas as outras coisas.

Educação e cultura no mundo medieval



A Idade Média foi taxada pelos iluministas de “idade das trevas” e o regime absolutista foi ficou conhecido como ancien regime, quer dizer antigo regime em Francês. Esses apelidos forma inventados por conta de um entendimento comum dos iluministas ao conceberem que a Idade Média foi um período de estagnação educacional e cultural.


    A Idade Média também foi à época da consolidação da religião cristã e da igreja como detentora absoluta do poder político e econômico. Por essa época houve alguns avanços nos estudos lingüísticos, de certa forma o medievo foi um período de claro-escuros, de transformações de grande importância que aconteciam em decorrência de uma ideologia cristã convincente e uma instituição eclesiástica poderosíssima.


    A Europa traçou um longo caminho de formação juntamente com o cristianismo e a Igreja, assim com a sua cultura. A cultura da Europa foi de fato embasada nos costumes cristianizadores, onde a igreja que representava o Deus onipotente, onisciente e onipresente e detentor de todo poder nos céus e na terra (incluindo o poder de castigar) comandava através de dogmas e o que seus ensinadores apregoassem.


    A educação que era usada de acordo com as conveniências do clero católico deixara um legado registrado até os dias atuais, trata-se do habito de se ter um professor que leciona a uma classe diversa de alunos, além disso, há tambem o costume de se ensinar latim e o ensino gramatical e retórico da língua tambem vem daquele período.


    Um campo gramatical que foi amplamente difundido naquela época é o do imaginário e que foi estruturado a partir do valor religioso e que é ligado a uma imagem do mundo como uma ordem que expõe duas ramificações do imaginário: um aristocrático, veiculado pelo livro e pela misticidade e um popular: veiculado pela palavra e pelo rito.


    O grande valor que a Idade Média dá a ideologia no processo educativo e por aquele período fortemente ligado a religiosidade dando a sociedade medieval um pensamento assentado sobre uma visão surpesticiosa do mundo, apesar de seus avanços, reclamada pela igreja.

Albert Camus: A corrente existencialista na literatura


Este trabalho de comunicação é dedicado a apresentar um pouco da vida e obra do escritor e filosofo francês Albert Camus, de maneira que será analisada a sua produção literária, tendo em vista as diversas perspectivas filosóficas da corrente existencialista presente em seus ensaios, contos e romances.

    De tempos em tempos, surgem na história da Literatura mundial nomes que pela sua ousadia, coragem e estranheza com que escrevem: inovam, transpõe e despertam a admiração, confusão e contrariedade em seus leitores, por conta de uma forma contestadora e questionadora de fazer arte.

    Albert Camus é sem dúvida um desses nomes, pois o seu legado artístico, para muito além de ser considerado apenas, como sendo parte integrante de uma escola literária, transcende as convenções meramente didáticas e lança-se para fora do tempo de sua criação reclamando um lugar comum entre os escritos mais polêmicos da literatura recente.

    Pensar em Albert Camus, como sendo um escritor a frente de seu tempo é cometer um engano, todavia perdoável e compreensível, pois as questões levantadas em seus escritos são atuais e revelam uma antevisão pessimista de um mundo tomado pela desumanidade. Outrossim, Albert Camus foi um homem de seu tempo, marcado pelo signo da guerra e pela descrença nos homens e suas ciências.

1/25/2011

Resumo das apostilas: DA REDAÇÃO A PRODUÇÃO DE TEXTOS e TEXTO E TEXTUALIDADE



DA REDAÇÃO A PRODUÇÃO DE TEXTOS
O conceito tradicional de ensino diz que ensinar é igual a transmitir conhecimentos e que o responsável por essa transmissão seria o professor, e ao aluno caberia tão-somente absorver o conteúdo ensinado, todavia dentro dessa concepção mora um grande problema, que é o fato de que o educando não esteja devidamente preparado para receber uma carga efetiva de conteúdos, uma vez que o seu campo lexical não o permite interagir com tanto conhecimento que lhe é despejado, Isto pode acarretar em sérias dificuldades que consequentemente poderão afetar até mesmo as instituições escolares
Ao invés de concebermos o ensino como sendo apenas algo que é transmitido como se o aluno não passasse de um mero receptor, que tal pensarmos em um processo de interação entre professores e alunos que se dá por meio do diálogo em sala de aula. A interação verbal se unirá aos conhecimentos sistematizados que são tradicionalmente ensinado nas escolas. Se assim fizermos, então a educação poderá assumir um novo sentido que será o de criar espaços para fazer valer a pena estes saberes.
Aceitar a interação verbal como instrumento fundante do processo pedagógico é deslocar-se continuamente de planejamentos para programas de estudos elaborados no decorrer do próprio processo de ensino/aprendizagem. São os significados de cada objetivo que constituem o verdadeiro processo educacional. Uma aposta no trabalho interativo é que faz com que os novos produtos se constituam.
TEXTO E TEXTUALIDADE
Pode-se definir texto como ocorrência linguística escrita, de qualquer extensão, dotada de unidade sócio comunicativa, semântica e formal. Um texto é uma unidade da linguagem em uso, cumprindo uma função identificável num dado jogo de atuação sociocomunicativa. Para que um texto seja compreendido, se faz necessário que seja coerente e coesivo, assim um texto pode alcançar o seu objetivo em um determinado contexto sociocultural.
Textualidade é um conjunto de características que fazem com que um texto seja reconhecido como tal . para ser texto é necessário que haja coesão, coerência e intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade e intertextualidade. A coesão é a manifestação linguística da coerência, a coerência e a coesão tem em comum uma característica de promover a interrelação semântica entre os elementos do discurso. A coerência diz respeito ao nexo entre os conceitos e a coesão é a expressão desse nexo no plano linguístico.
Fundamental para a textualidade é a relação coerente entre as idéias. A intencionalidade concerne ao empenho do produtor em construir um discurso coerente, coeso e capaz de satisfazer os objetivos que se tem em mente em uma determinada situação comunicativa. 
A aceitabilidade que concerne á expectativa do receptor de que o conjunto de ocorrências com que se defronta seja um texto coerente, coeso, útil e relevante, capaz de levá-lo a adquirir conhecimentos ou a cooperar com os objetivos do produtor, ou seja, aquilo que o receptor espera que é poder entender a mensagem textual para poder adquirir conhecimento. 
A situacionalidade fala dos elementos responsáveis pela pertinência e relevância do texto no contexto em que ocorre, é a adequação á comunicação sociocomunicativa e é ai que entra a gramática internalizada, onde o produtor não formata o texto segundo o seu contexto social, mas de acordo com o do receptor e do ambiente. 
A informatividade é a medida na qual as ocorrências de um texto são separadas ou não, conhecidas ou não, no campo conceitual ou no formal. Ela está ligada ao grau de formação do receptor, ela ajuda a manter o texto em nível mediano para que o receptor possa ter uma boa digestão daquilo que lhe é colocado. 
A intertextualidade concerne aos fatores que fazem a utilização de um texto.muitas vezes um receptor para entender um texto precisa um conhecimento prévio do assunto em questão.