Para e escrever sempre nos utilizamos dos gêneros textuais, isto quer dizer necessariamente que os nossos enunciados e sentenças dispõem de um formato padronizado e relativamente estável de estruturação de um todo. Pode-se afirmar então que existe um repertório diverso no que diz respeito aos gêneros discursivos orais e escritos.
A razão de ser dos gêneros discursivos deriva em grande parte da necessidade de exercer as praticas sociocomunicativas. Eles são comumente utilizados porque são dinâmicos e sofrem alterações em sua constituição e muitas vezes resultam em outros gêneros ou até mesmo novos gêneros.
Para Bakhtin os indivíduos desenvolvem uma competência metagenérica que orienta a pratica de nossas produções sociocomunicativas e que também norteia a nossa compreensão sobre os gêneros textuais em sua construção. Esta competência possibilita a compreensão e produção dos gêneros textuais, além de nomeá-los.
Os gêneros textuais como praticas sociocomunicativas são constituídas de um determinado modo e com certa função em dadas esferas da atuação humana, que nos permite conhecê-las e produzi-las sempre que necessário. De acordo com Bakhtin (1960, pag.36) são tipos relativamente estáveis de enunciados, presentes em cada esfera de troca: os gêneros possuem uma forma de composição e distinguem-se pelo seu conteúdo temático e pelo estilo, ou seja, todo gênero é marcado pela sua esfera de atuação que promove modos específicos de combinar, indissoluvelmente, conteúdo temático, fim comunicativo, estilo e composição.
Da perspectiva da composição dos gêneros é preciso levar em conta a forma de organização, a distribuição das informações e os elementos não verbais: a cor, o padrão gráfico ou a diagramação típica, as ilustrações. A importância do estudo dos gêneros reside na necessidade de melhor construir as relações comunicativas, essa é a importância de estudar os seus fundamentos.
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