Diário de bordo (Semana 1 - de 31/03 a 05/04)
Nesta semana realizei o download do PDF da
leitura do livro da semana, a medida em que lia ia marcando os trechos que
jugava importantes. No livro “conceitos fundamentais” pude aprender sobre a
definição de epistemologia e sobre como ela se define como ciência, uma vez que
possui o seu próprio objeto de estudo, aprendi um pouco mais sobre EP (educação
profissional). Aprendi ainda sobre o conceito de tecnologia, tomei conhecimento
do fato de que a tecnologia é em si uma ciência e também foi possível conhecer
um pouco das ideias de seus principais teóricos. Depois de lido o PDF fui até a
plataforma e assistir a vídeo-aula disponibilizada pelo professor.
Nessa mesma semana dei início ao processo
de realização do relatório da atividade integradora, para tanto fiz a leitura
das orientações disponibilizadas pelo professor na plataforma, na oportunidade
também fiz a observação do modelo de relatório da atividade integradora, também
disponibilizado no ambiente virtual de aprendizagem. Depois de lida as
orientações e observado o modelo de relatório decidi criar um arquivo Word a
partir do modelo disponibilizado na plataforma, editei-o, de maneira que ficasse
com algumas linhas embaixo de cada pergunta/sugestão, e me dirigi até uma
gráfica para imprimir o documento, pois considerei que com o papel em mãos
seria mais prático para anotar qualquer coisa que seja do meu interesse durante
a entrevista.
Diário de bordo (Semana 2 - de 06/04 a 12/04)
Nesta semana efetuei a leitura do material
da disciplina referente à semana 2. Comecei fazendo o download do texto “o
saber-fazer do trabalho e sua incorporação”. Essa leitura foi qualquer coisa de
reveladora, pois lançou luz sobre uma questão para a qual ainda não havia
atentado, trata-se do fato de que os saberes adquiridos no trabalho também são
saberes intelectuais.
Outra conclusão fascinante proposta pelo
autor é a ruptura com o dualismo clássico entre mente/corpo e teoria/prática,
uma vez que é possível considerar que na verdade essa dicotomia seja uma ilusão
teórica que se ossificou no nosso imaginário coletivo. O autor propõe que corpo
e mente, são, na verdade, um elemento apenas e que existem como uma mesma
unidade.
Além dessa primeira leitura decidi me
aprofundar ainda mais no assunto e para tanto lancei mão das leituras
complementares cujos links foram disponibilizados pelo professor na plataforma
de ensino. Comecei pela resenha “A razão das emoções: um ensaio sobre os erros
de Descartes”. O texto faz um apanhado dos principais pontos abordados por
António Damásio em seu instigante livro “O erro de Descartes” onde o autor põe
em xeque a perspectiva cartesiana que sugere que razão e emoção orbitam em
campos opostos. Para Damásio, na verdade, razão e emoção são elementos
indissociáveis e até mesmo indistintos.
Na esteira das abordagens de Damásio George
Lakoff e mark Johnson apontam para o que seria uma “corporificação” da mente.
Na obra “Philosophy in the flesh: the
embodied mind and its challenge to westen thought” os autores alegam que a
mente está estruturada a partir do que denominam de “experiências corporais”,
nessa perspectiva a mente não é uma entidade que funciona “a parte”, pelo
contrário, as suas funções estão diretamente condicionadas ao corpo que também
é mente, pois também age, toma decisões, senti e pensa.
Por fim, mas não menos importante, a última
leitura complementar da aula dessa semana trata da resenha do livro “O saber no
trabalho”, de Mike Rose. A exemplo da primeira leitura o autor faz uma
investigação sobre os saberes que são construídos a partir do trabalho manual
de alguns profissionais. Na verdade, Mike Rose rompe com uma velha tradição de
se enxergar o trabalho braçal como uma atividade meramente desprovida de
intelecto, para este autor essa ideia se provará um engano, porque é no
cotidiano do trabalho que muitas habilidades são desenvolvidas, habilidades que
não poderiam ser notadas ou sequer cogitadas nos cursos de qualificação, mas só
podem apreendidas a partir do próprio exercício da profissão. Depois de lidos
todos os textos disponibilizados na plataforma pude assistir as vídeo-aulas
disponibilizadas pelos professores.
Diário de bordo (Semana 3 -
de 13/04 a 19/04)
Comecei os estudos dessa semana a partir
da leitura dos textos disponíveis na plataforma, li o texto sobre “a
interdisciplinaridade como pressuposto epistemológico” e depois fiz a leitura
do texto cujo título é “A interdisciplinaridade na construção de competências
profissionais”. Feito isso partir então para os vídeo-aulas.
Considerei de fundamental importância a
fala do professor Gustavo Henrique Moraes sobre a interdisciplinaridade como
elemento importante ao se construir o saber na educação profissional e
tecnológica. Ele inda falou da necessidade de se aproximar os diversos campos
do saber, salientou que a interdisciplinaridade não é somente uma estratégia
didática, mas que principalmente ela tem a ver com o envolvimento de diversos
campos do saber e que é bem mais ampla e abrangente, sendo na realidade uma
espécie de epistemologia.
Depois de assistir a primeira vídeo-aula
da semana três e de ter lido o material de apoio referente ao comentário do
professor Gustavo Henrique Moraes, pude enfim assistir a vídeo-aula dois, cujo
título é “A interdisciplinaridade na construção de competências profissionais”.
Na oportunidade o professor Oliver Allain destacou em sua aula as diversas
noções do conceito de competência. Dentre os muitos aprendizados que pude
extrair dessa aula destaco a excelente colocação do professor ao dizer que os
saberes-fazeres acontecem a um só tempo e não são compartimentados como as
disciplinas ensinadas nas escolas. As competências não estão apartadas do
contexto histórico, social, econômico e profissional do indivíduo.
Diário de bordo (Semana 4 - de 20/04 a 26/04)
A
leitura desta semana foi fundamental para poder me apropriar de alguns
conhecimentos. Foi importante conhecer um pouco a história da EPT- Educação Profissional
e Tecnológica no Brasil. Chamou a atenção, especialmente, o fato de que a coroa
portuguesa inviabilizou, num primeiro momento, o florescimento de uma indústria
realmente consolidada na colônia brasileira em favor dos cultivos (plantations)
e isto impossibilitou a diversificação de ofícios e a evolução das técnicas de
industrialização.
Igualmente
interessante foi a descoberta de que Araújo Porto-Alegre foi uma figura
decisiva para o avanço da EPT- educação profissional e tecnológica no Brasil
por ocasião de sua gestão na Academia Imperial de Belas Artes. Ele entendia que
era fundamental que outras pessoas soubessem outros ofícios que não tivessem a
ver necessariamente com o serviço público. Para tanto, ele precisou implementar
um ensino com novos cursos.
Uma
outra tendência de ensino surgiu no Brasil por essa época, tratava-se do
“bacharelismo”. Os cursos de bacharéis não estavam disponíveis aos
trabalhadores comuns e nem aos seus filhos, pois vale lembrar que por essa
época não havia a possibilidade de ascensão social através da educação, na
verdade os cursos de bacharéis eram dedicados exclusivamente aos filhos de
fazendeiros, oficiais ou comerciantes. O culto ao bacharelismo não deixou a
posteridade ilesa, pois é dela que advêm a tradição elitista e equivocada de
que o bacharel é o sujeito mais qualificado para exercer os cargos de
liderança.
A
EPT no Brasil só oficializada de fato quando da gestão do presidente Nilo
Peçanha que em seu mandato criou a Escola de Aprendizes Artífices (EAA).
Contudo ao fazê-lo ele também criou o que entende hoje como Rede Federal de
Educação Tecnológica e a partir daí criou-se uma nova concepção de ensino.
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