4/27/2022

Modelo de diário de bordo

 

Diário de bordo (Semana 1 -  de 31/03 a 05/04)

Nesta semana realizei o download do PDF da leitura do livro da semana, a medida em que lia ia marcando os trechos que jugava importantes. No livro “conceitos fundamentais” pude aprender sobre a definição de epistemologia e sobre como ela se define como ciência, uma vez que possui o seu próprio objeto de estudo, aprendi um pouco mais sobre EP (educação profissional). Aprendi ainda sobre o conceito de tecnologia, tomei conhecimento do fato de que a tecnologia é em si uma ciência e também foi possível conhecer um pouco das ideias de seus principais teóricos. Depois de lido o PDF fui até a plataforma e assistir a vídeo-aula disponibilizada pelo professor.

Nessa mesma semana dei início ao processo de realização do relatório da atividade integradora, para tanto fiz a leitura das orientações disponibilizadas pelo professor na plataforma, na oportunidade também fiz a observação do modelo de relatório da atividade integradora, também disponibilizado no ambiente virtual de aprendizagem. Depois de lida as orientações e observado o modelo de relatório decidi criar um arquivo Word a partir do modelo disponibilizado na plataforma, editei-o, de maneira que ficasse com algumas linhas embaixo de cada pergunta/sugestão, e me dirigi até uma gráfica para imprimir o documento, pois considerei que com o papel em mãos seria mais prático para anotar qualquer coisa que seja do meu interesse durante a entrevista.

 

Diário de bordo (Semana 2 - de 06/04 a 12/04)

Nesta semana efetuei a leitura do material da disciplina referente à semana 2. Comecei fazendo o download do texto “o saber-fazer do trabalho e sua incorporação”. Essa leitura foi qualquer coisa de reveladora, pois lançou luz sobre uma questão para a qual ainda não havia atentado, trata-se do fato de que os saberes adquiridos no trabalho também são saberes intelectuais.

Outra conclusão fascinante proposta pelo autor é a ruptura com o dualismo clássico entre mente/corpo e teoria/prática, uma vez que é possível considerar que na verdade essa dicotomia seja uma ilusão teórica que se ossificou no nosso imaginário coletivo. O autor propõe que corpo e mente, são, na verdade, um elemento apenas e que existem como uma mesma unidade.

Além dessa primeira leitura decidi me aprofundar ainda mais no assunto e para tanto lancei mão das leituras complementares cujos links foram disponibilizados pelo professor na plataforma de ensino. Comecei pela resenha “A razão das emoções: um ensaio sobre os erros de Descartes”. O texto faz um apanhado dos principais pontos abordados por António Damásio em seu instigante livro “O erro de Descartes” onde o autor põe em xeque a perspectiva cartesiana que sugere que razão e emoção orbitam em campos opostos. Para Damásio, na verdade, razão e emoção são elementos indissociáveis e até mesmo indistintos.

Na esteira das abordagens de Damásio George Lakoff e mark Johnson apontam para o que seria uma “corporificação” da mente. Na obra “Philosophy in the flesh: the embodied mind and its challenge to westen thought” os autores alegam que a mente está estruturada a partir do que denominam de “experiências corporais”, nessa perspectiva a mente não é uma entidade que funciona “a parte”, pelo contrário, as suas funções estão diretamente condicionadas ao corpo que também é mente, pois também age, toma decisões, senti e pensa.

Por fim, mas não menos importante, a última leitura complementar da aula dessa semana trata da resenha do livro “O saber no trabalho”, de Mike Rose. A exemplo da primeira leitura o autor faz uma investigação sobre os saberes que são construídos a partir do trabalho manual de alguns profissionais. Na verdade, Mike Rose rompe com uma velha tradição de se enxergar o trabalho braçal como uma atividade meramente desprovida de intelecto, para este autor essa ideia se provará um engano, porque é no cotidiano do trabalho que muitas habilidades são desenvolvidas, habilidades que não poderiam ser notadas ou sequer cogitadas nos cursos de qualificação, mas só podem apreendidas a partir do próprio exercício da profissão. Depois de lidos todos os textos disponibilizados na plataforma pude assistir as vídeo-aulas disponibilizadas pelos professores.

 

Diário de bordo (Semana 3 -  de 13/04 a 19/04)

Comecei os estudos dessa semana a partir da leitura dos textos disponíveis na plataforma, li o texto sobre “a interdisciplinaridade como pressuposto epistemológico” e depois fiz a leitura do texto cujo título é “A interdisciplinaridade na construção de competências profissionais”. Feito isso partir então para os vídeo-aulas.

Considerei de fundamental importância a fala do professor Gustavo Henrique Moraes sobre a interdisciplinaridade como elemento importante ao se construir o saber na educação profissional e tecnológica. Ele inda falou da necessidade de se aproximar os diversos campos do saber, salientou que a interdisciplinaridade não é somente uma estratégia didática, mas que principalmente ela tem a ver com o envolvimento de diversos campos do saber e que é bem mais ampla e abrangente, sendo na realidade uma espécie de epistemologia.

Depois de assistir a primeira vídeo-aula da semana três e de ter lido o material de apoio referente ao comentário do professor Gustavo Henrique Moraes, pude enfim assistir a vídeo-aula dois, cujo título é “A interdisciplinaridade na construção de competências profissionais”. Na oportunidade o professor Oliver Allain destacou em sua aula as diversas noções do conceito de competência. Dentre os muitos aprendizados que pude extrair dessa aula destaco a excelente colocação do professor ao dizer que os saberes-fazeres acontecem a um só tempo e não são compartimentados como as disciplinas ensinadas nas escolas. As competências não estão apartadas do contexto histórico, social, econômico e profissional do indivíduo.

 

Diário de bordo (Semana 4 -  de 20/04 a 26/04)

A leitura desta semana foi fundamental para poder me apropriar de alguns conhecimentos. Foi importante conhecer um pouco a história da EPT- Educação Profissional e Tecnológica no Brasil. Chamou a atenção, especialmente, o fato de que a coroa portuguesa inviabilizou, num primeiro momento, o florescimento de uma indústria realmente consolidada na colônia brasileira em favor dos cultivos (plantations) e isto impossibilitou a diversificação de ofícios e a evolução das técnicas de industrialização.

Igualmente interessante foi a descoberta de que Araújo Porto-Alegre foi uma figura decisiva para o avanço da EPT- educação profissional e tecnológica no Brasil por ocasião de sua gestão na Academia Imperial de Belas Artes. Ele entendia que era fundamental que outras pessoas soubessem outros ofícios que não tivessem a ver necessariamente com o serviço público. Para tanto, ele precisou implementar um ensino com novos cursos.

Uma outra tendência de ensino surgiu no Brasil por essa época, tratava-se do “bacharelismo”. Os cursos de bacharéis não estavam disponíveis aos trabalhadores comuns e nem aos seus filhos, pois vale lembrar que por essa época não havia a possibilidade de ascensão social através da educação, na verdade os cursos de bacharéis eram dedicados exclusivamente aos filhos de fazendeiros, oficiais ou comerciantes. O culto ao bacharelismo não deixou a posteridade ilesa, pois é dela que advêm a tradição elitista e equivocada de que o bacharel é o sujeito mais qualificado para exercer os cargos de liderança.

A EPT no Brasil só oficializada de fato quando da gestão do presidente Nilo Peçanha que em seu mandato criou a Escola de Aprendizes Artífices (EAA). Contudo ao fazê-lo ele também criou o que entende hoje como Rede Federal de Educação Tecnológica e a partir daí criou-se uma nova concepção de ensino.

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